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Foto: Helena Chiarello - arquivo pessoal

Às vezes
o que me é próprio
é não entender

E suspenso
no cavo denso da dúvida 
o engasgo
o alvoroço
e sustento
um oco, o eco, o vácuo
dos avessos que consinto

O que me devolve
é que de todos os revezes
saio incólume

                       [ou minto]


Helena Chiarello

2 comentários:

Anderson Fabiano disse...

Stella mia,
repito aqui o que disse lá no Face, na página do nosso Verbo & Maresia:

Reticências são miméticas e os "eus" confessados, como camaleões poéticos, expõem toda beleza de quem sabe sentir e confessar. Assim, de cara e coração expostos, porque inevitável, repito (e repetirei) sempre:

Amo você, Poetinha! Barba

Liza Leal disse...

Vim matar saudades dos teus versos,
Helena.
Magníficos!

bjo de luz
L.L.